quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Futebol de Quarta

Ontem, dia 19 de outubro, pude ir à um jogo do meu time (São Paulo) depois de muito tempo sem ir ao estádio. O jogo fui contra o Fluminense 2ª divisão, válido pela primeira rodada do returno do Capeonato Brasileiro.

O jogo em si não teve nada de excepcional, vitória já esperada do Tricolor Paulista por 1 a 0.

Mas não vou entrar nos detalhes do jogo.

O que chamou minha atenção (não pela primeira vez) foram os fatos ocorridos do lado de fora do Cícero Pompeu de Toledo, vulgo Morumbi.

Por se tratar de um jogo numa fria quarta-feira, com ameaça de chuva, às 21:45, não era de se esperar uma grande público. Pouco mais de 22.000 pessoas compareceram ao evento.

Vinte e duas mil pessoas!

A carga total de ingressos era de 50.000 ingressos! Ou seja nem metade dos ingressos foram vendidos!

Não, não vou reclamar do "baixo" público.

O que me deixou indignado foi que, mesmo para um jogo com baixa expectativa de público, haviam cambistas vendendo ingressos!!!!!!
E muitos ainda por cima. Só eu vi uns 7 ou 8, sem nenhum exagero.

Fiquei me perguntando se alguém compraria ou comprou ingresso na mão desses bandidos (sim, bandidos), ainda mais num jogo daquele, que não tinha nem fila nas bilheterias.
A única coisa que veio na minha cabeça foi: "Eles só vendem pois alguém compra".

Pensei também que, mesmo que existam muitos idiotas compradores, não é possível que eles tenham conseguido vender todos os ingressos que tinham em mãos, pois alguns deles tinham muitos em mãos.

A única conclusão é que esses meliantes possuem algum "esquema" com o pessoal da bilheteria do clube, pois o cara não iria assumir o prejuízo caso não conseguisse vender todos.

Fora isso, o cara consegue vender ao mesmo preço praticado na bilheteria, sendo que, para conseguir comprar ingresso com carteirinha de estudante para os réles mortais é uma "burocracia" medonha.

Essas minhas conclusões são óbvias, eu sei, e não é a primeira vez que tinha reparado nisso. É tão obvia, que só não enxerga quem não quer, logo, as autoridades fazem vista grossa sem sombra nenhuma de dúvidas.

Eu me nego a comprar ingresso na mão desses safados.

Nunca me aconteceu, mas se um dia eu for à qualquer estádio, e só houver ingressos na mão de cambistas, eu viro as costas e vou pra casa. Me recuso a colaborar com essa sacanagem.

Fico imaginando como será durante a copa do mundo.

Um conhecido meu disse que não vê a hora de começar a venda de ingressos para comprar alguns pra poder "faturar uma grana em cima dos gringos".

Definitivamente, por essas e muitas outras razões, não dá pra ter Copa do Mundo no Brasil.

Sou um amante do futebol, mas esse tipo de coisa me entristece de verdade.

Frase do post:
"Sempre quis ser o primeiro." - João Paulo II

Cultura Momentânea

Provavelmente o que escreverei abaixo já foi rascunhado, dito, registrado em cartório e escrito em alguns livros por estudiosos (ou não) no decorrer dos últimos anos ou até mesmo antes de eu nascer.

Mas não importa, vou escrever sobre isso de qualquer maneira.

O assunto em questão, é a "mania" do brasileiro de "saber" tudo sobre o assunto da moda na mídia e, isso não bastando, agir como se sempre soubesse sobre tal, dando verdadeiras aulas sobre o assunto 99% das vezes pura besteira.

Explico melhor.

Antes de ser lançado o filme Tropa de Elite (bom filme diga-se de passagem), eu sequer sabia direito o que era o BOBE. Acredito que, exceto os cariocas, a maioria do povo tupiniquim também não sabia. Eu já tinha ouvido falar o nome, ou visto algum "caveirão" na TV, mas não sabia nem à quem eles eram subordinados.

Até aí normal, moro em São Paulo e não faria muito sentido mesmo eu conhecer uma "vertente" da polícia carioca.

O interessante é que após o filme, todo mundo "sabia tudo" sobre o BOPE. Coloquei entre aspas, pois sabiam o que viram no filme, ou o que a Veja publicou, ou a Superinteressante... Nada contra essas revistas, muito pelo contrário. Mas me intriga que antes ninguém sabia nada e, de repente, foi um frenesi em busca de informações sobre a Tropa de Elite e debates incansáveis sobre violência policial e tráfico de drogas.
Acho louvável a busca de informação por qualquer assunto que seja, ou debates sobre problemas sociais, mas o BOPE existe desde mil novescentos e sei lá quando e ninguém sabia nada deles até o filme.
Pra piorar, ninguém fala mais dos "Faca na Caveira".

Outro caso interessante, é o da novela Caminho das Índias (também aconteceu na época de Terra Nostra) da Rede Globo. Antes da novela a maioria do povo só tinha ouvido falar da Índia porque um tal de Ghandi nasceu lá. Shiva era, no máximo, um personagem do jogo Mortal Kombat.

Como já disse em um post anterior, trabalho ao lado de um shopping e, nele, há uma livraria. No início da novela (e até mesmo hoje) a quantidade de livros falando sobre a Índia era impressionante. Eu nem imaginava que existiam tantos.

Agora todo mundo sabe qua a Índia é um país maravilhoso.

Maravilhoso??? Espera, vamos com calma. A Índia não é exatamente como mostra a novela. Nunca fui para lá, mas já li o suficiente pra saber que não é!

Seria mais ou menos como mostrar à um turista o Morumbi, o Alto da Lapa ou a Vila Madalena e dizer que São Paulo é assim.

Na Índia existe muita (muita mesmo) pobreza. É o país com uma das piores distribuição de reda do planeta, quiçá o pior. É um pais superpopuloso, com mais de um bilhão (sim, bilhão) de pessoas. O sistema de castas, teoricamente abolido, ainda se faz presente na prática.

Estou certo que após o fim da novela não vou ouvir mais nenhum "Are baba". pelo menos torço para que não

O caso mais recente, e acho que talvez o mais hipócrita engraçado, seja o caso da gripe suína.

É incrível a quantidade de bobagens ditas sobre a tal gripe dos porcos.

É grave? Sim, relativamente grave.
Devo me preocupar? Um pouco.
Será o Fim do Mundo??? Mais uma vez, vamos com calma!

Acho mais incrível ainda o que aconteceu comigo.
Não, não peguei a doença.
O fato é que, as pessoas um pouco mais esclarecidas, sabem que quem "toma gelado" não pega gripe. Pra ser sincero sei disso desde que era garoto. Mas minha mãe, uma dona de casa qua amo muito, ficava me enchendo o saco quando jogava bola na chuva dizendo: "Vai ficar gripado menino!". Após ser "convidado" a parar, tentava argumentar com os mais diversos argumentos cientificamente provados que a gripe é um vírus e sua única relação com o frio é que, nas estações frias, os ambientes ficam menos arejados, facilitando a propagação do vírus. Mas, como você deve imaginar, não adiantava nada.
Enfim, eis que recentemente escuto da minha mãezinha linda, com uma explicação assustadoramente científica, o que eu dizia pra ela há pelo menos 10 anos!
Imaginem a cara que eu fiquei na hora.
A porra do O vírus da gripe A tem os mesmos meios de transmissão da gripe comum.
E hoje as pessoas o encaram como se fosse a maior notícia de todos os tempos. Está até faltando alcool em gel no mercado.

O mais interessante é que esqueceram da dengue, que mata muito (mas muito mesmo) mais do que esse arremedo de gripe espanhola. Será que o vírus da suína matou os mosquitos (ou os virus) da dengue???
Ou será a morte por uma doença "nacional" dá menos Ibope que a morte por uma doença "importada"???

Todo mundo andando de máscara mas ninguém se preocupando mais com água parada. Irônico, não?

O que eu quero dizer após todos esses casos, é que o brasileiro só se interessa por assuntos que estão na Globo mídia. Ninguém quer saber sobre os genocídios na Africa, a não ser que a Glória Perez faça uma novela sobre isso por exemplo.

Como eu escrevi acima, nada contra saber o que está acontecendo, mas não nos deixemos enganar por informações parciais.

É isso.

Frase do post:"Se algum dia alguém te chamar de burro, não ligue, continue pastando!"

P.S.: Nada contra a Gloria Perez, mas não podia zuar a Globo de novo, hehehe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Ae Playboy"

"Alo criançada, o Bozo chegou..."

Nossa... quanto tempo faz q eu não apareço por aqui??? (mais de 5 meses, idiota)

Enfim, agora que passei por uma fase turbulenta na minha vida, espero voltar a postar mais. Estou com mais tempo e muitas idéias na cabeça.

Vamos ao post então!!!

Antes que você imagine alguma coisa errada, apesar do título da postagem, não, eu não vou postar as fotos da Priscila do BBB na Playboy.

O "Playboy" supracitado se refere ao termo utilizado por algumas pessoas para designar uma classe de pessoas que ostenta uma imagem de possuidora de muitos bens.

Após essa definição digna de Aurélio, vamos ao que realmente interessa.

Uma das coisas que me tira do sério, é alguém me chamar de playboy.

Eu não ostento nada, muito pelo contrário, acho que levo uma vida muito aquém do que poderia levar. Além disso, mesmo que eu levasse uma vida um pouco melhor, seria tudo fruto do meu trabalho. Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, as coisas não vêm de graça para mim.

Não vou mentir e dizer que tive uma infância difícil, que passei fome, que não tinha condições...

Acho que tive uma infância/adolescência com bens na medida certa. Nem tão pouco que me fizesse passar por necessidades, mas nem tanto para que me fizesse deixar de dar valor.

Meus pais sempre foram batalhadores e me ensinaram a correr atrás do que eu queria.

Sendo assim, eu não gosto quando me chamam de playboy quando estou com uma roupa um pouco melhor, gasto um pouco mais pra comer bem, vou no cinema 198 vezes por mês...

Eu faço isso com o meu dinheiro, pelo qual trabalhei (e muito) para conseguir.

Como diria o velho deitado: "Todos vêm as pingas que eu tomo, mas ninguém vê os tombos que eu levo"

A única diferença entre mim e a maioria das pessoas, é que eu não fico esperando as coisas cairem do céu, eu, pelo menos, tento fazê-las acontecer. Se não der certo, paciência, pelo menos eu não fico olhando outras pessoas e me remoendo de inveja.

Sinto inveja de muitas pessoas, mas ao contrário da maioria, eu não espero que essas pessoas fiquem no meu nível (inveja má), eu procuro chegar ao nível delas, desde que seja melhor, claro (inveja boa).

É óbvio que não piso no pescoço de ninguém pra chegar aos meus objetivos, pois acho que existem maneiras corretas para isso. Sempre há.

Ainda seguindo essa linha de raciocínio, outra coisa que me deixa pluto (não, o cachorro não), é o cidadão vir me falar que não teve oportunidade na vida.
Ah... vai te catar!!!
Só porquê o infeliz "não teve oportunidade" na vida, ele tem aval pra querer me roubar??? Pra ficar sem fazer nada??? Pra agir como coitado???

Na boa? Pra cima de mim não!!!

Explico minhas razões pra não acreditar em "falta de oportunidades".

Sei que as escoas públicas no Brasil não são boas, mas eu mesmo só paguei pra estudar na faculdade (com dinheiro do meu trabalho). Com um pouco de esforço é possível adquirir um pouco de cultura sim!
Outro ponto é quanto à empregos. Fácil eu concordo que não é. Ainda mais pra quem está começando. Mas existem muitas vagas (muitas mesmo) que não são preenchidas por falta de mão-de-obra qualificada. Aí outra vez entramos no problema do estudo.

Na minha opinião, o que muita gente quer é muleta, uma desculpa pra não correr atrás.

Reclamar é muito fácil, mas não resolve porra (ops) nenhuma!

Chega né?!

Como não poderia faltar, a frase do post:
"Quem trabalha muito, erra muito. Quem trabalha pouco, erra pouco. Quem não trabalha não erra. E quem não erra... é promovido!"

Ah... ia me esqucendo: O CAMPEÃO VOLTOU!!! Pra cima deles Jason!